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domingo, 18 de outubro de 2009
MACUNAÍMA VIVE
Nada de mais grave. O Brasil não comporta tiradas metafísicas.
Não há espaço para Shopenhauer, Anaxímenes, Hegel ou Kant.
Fiquemos no previsível, na platitude, nos pensamentos acacianos...
Os trópicos... O sol inabalável, a meio metro de sua cabeça... O langor... O banzo... A Casa Grande e a Senzala.
O Pai dos Pobres... O erotismo barato. O orgasmo coletivo na apuração do desfile das escolas de samba, o gol do flamengo, a escova progressiva no lugar do progresso.
Perdemos o bonde da história; cambalhoteando da “descoberta” à decadência, botocudos, celebrando Machado de Assis e internando Lima Barreto, visceral, louco de tanta sensibilidade.
A Semana de Arte Moderna, a Antropofagia como consolação (indigestão previsível...), eternos ressentidos com o mundo desenvolvido, nós, os próprios culpados do perene subdesenvolvimento. O que fazer? Perguntem ao Lênin. Votem nos políticos e seus bigodes, suas barbas de “esquerda”. “A doença infantil do esquerdismo”: Lênin novamente. Liberemos a maconha e mantenhamos o país sonambúlico. Macunaíma para presidente, eternamente reeleito com o dedo mínimo espertamente decepado...
Intelectuais, empanturrados, de Proust e seus biscoitos e a lepstopirose, convivendo com 15 milhões de analfabetos!
Nada mal: domingo tem clássico, torçamos, e nossa pálida revolta ficará circunscrita a duas bolas na trave.
Vozes bêbadas em coro: -Juiz ladrão!!!
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3 comentários:
Pão, circo e bebida (alcoólica!)!!!
"Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos".
Muito bom o texto.
Bjs, Marina.
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