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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Névoas 3

A indignação, sim. Não a amargura. O bom combate de São Paulo. Fora com a literatura de punhos de renda. É preciso ser Bukowski na vida. É urgente rezar para Deus. Pela solidão do Criador. Os arcanjos choram. Serafins gemem. Deus contempla melancólico sua Criação. Somente São Francisco, o Povereto o acompanha em Sua solidão. Cristo contempla seus discípulos que dormem, enquanto Ele, pede, em vão, que o Cálice seja afastado de seus lábios. A terra trinca os dentes, abandona a "lógica" das rotações e desloca-se, Antígona Cósmica ao encontro do crunch final. ("O céu enrola-se como um pergaminho") No imenso vazio, ecoa, quase inaudível, uma voz meiga e de uma profunda tristeza: "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei!" ("A lua tornou-se como sangue") "Pai! Por que me abandonaste?" Esta súplica do Mestre, é a prova mais contundente do quanto Ele tornou-se humano. Jesus que poderia evocar uma legião de anjos para "salvá-lo", levou seu amor pela humanidade até à dor suprema, para que sua mensagem, suas palavras, ficassem: do Filho do Homem para toda a eternidade.

2 comentários:

klauber C. Pires disse...

Sr Carlos Vereza,
Sendo eu um funcionário público e o Sr um artista, de certa forma compartilho com a sua quase solidão.
Entrei em seu comentário para lhe avisar que adicionei o seu blog à LIBERESFERA. Um email foi enviado para dar-lhe melhores explicações.

Abs e congratulações...

Nas Veredas do Vereza disse...

Estimado Klauber,
Li o outro e-mail e acredito que qualquer manifestação de cunho democrático, deva ser utilizada para impedir a BOLIVARIZAÇÃO do país, que conta com a evidente cumplicidade do Sr. Luíz Inácio.

Um abraço,
Carlos Vereza.