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sábado, 24 de outubro de 2009
A cara do Pai
Nem sempre consigo textos líricos e otimistas ( ... ) " ... as leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra". Desabafava solitário, Drummond.
Não esperem palavras disciplinadas de gravata borboleta e terno tropical. Arrumo-as sem metáforas, parábolas ou pretensiosas elipses.
A putrefação esconde-se atrás da famiglia que apossou-se do País. Mortos sem sepultura, sem a nobreza dos personagens de Sartre. Vivemos o Brasil virtual. Matrix tropical. Assim é, se lhes parece, ironizava o bardo.
Estilos rococós ocultam a falta de coragem para denunciar que o rei está nu.
Folhas em branco empalidecem ante mãos trémulas e medrosas. O temor infiltra-se nos tapetes, mentes e teclados. Viver, não significa necessariamente ir até a esquina comprar o jornal de ontem, igual ao de hoje e o de amanhã. Nada de novo no front.
O "pobre operário" incendeia o imaginário do mundo desenvolvido, sempre deslumbrado com o exotismo dos glúteos siliconados, as bananas de Carmem Miranda e a precária e precoce sensualidade das adolescentes da orla de Fortaleza...
Os telejornais reportam um país habitado por Pollyanas. O Brasil foi seccionado pelas veias abertas de uma "esquerda" oportunista. Farinha pouca, meu pirão primeiro, e digam ao povo, que fico, que me reelejo ad infinitun, e mais tarde, muitíssimo mais tarde, passo meu posto para o meu filhote. Bom garoto. A cara do pai.
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2 comentários:
Olha só!!!
Minha cidade Fortaleza mencionada!!!
Pena que ela seja tudo isso que você falou (e muito mais!)
Beijos da BEN.
Estimada Saraswatti,
Amo Fortaleza, mas infelizmente acredito que o governador Cid Gomes e a prefeita petista deveriam pegar essas meninas no colo, protegê-las e apagar esta triste mancha desta bela e querida cidade.
Abraço,
Carlos Vereza.
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