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segunda-feira, 22 de junho de 2015
HORROR.
Vieram de madrugada. Não como o canto dos pássaros ou o lamento de um
blues. Vieram de madrugada. Não como os ruídos calmos da floresta, ou a
volta da mulher amada. Eram seres desfigurados, transfigurados pelo
ódio, em busca da vitima inocente. Ele dormia o sono dos justos. Não
sabia que teria que sofrer as Sete Estações do Martírio. Gordinho e
brincalhão como um anjo bagunceiro e renacentista. Distante dos prazeres
mundanos, recolhido, dedicado ao bem, à caridade. Assistia e ria com as
novelas, sua única distração. Atendia, diuturnamente quem o procurasse:
na antiga oficina, operando de macacão sujo de graxa e branco de
ectoplasma. Na hora da suprema dor Frederick retirou sua alma do absurdo
suplício. As botas assassinas saíram desconcertadas da precária
vitória. A Lua, implacável, como testemunha, marcou as faces do
arbítrio.
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