Rainer Werner Fassbinder, um dos diretores mais instigantes do novo cinema alemão, morto prematuramente, possivelmente por over dose, encontrado debruçado em cima de um roteiro. Seu primeiro filme, O Amor mais frio que a morte, assinala o que seria toda a sua filmografia: " os filmes não devem enevoar o nosso pensamento, mas deixá-lo mais aberto. No cinema o espectador deve defrontar-se com novas experiências."
Em O Amor mais frio que a Morte, este pensamento de Fassbinder fica absurdamente "claro!" Um fio de roteiro: o personagem interpretado pelo próprio diretor recusa-se a fazer parte de um determinado sindicato. Então, uma série de crimes é atribuido a ele, envolvendo-o em vários assassinatos.
Fassbinder, não tem a menor preocupação "estilistica" na colocação da câmera; o diafragma sempre estourado, os personagens sem "futuro", perambulam sem sentido como a expressar o vazio pós- guerra, caracteristica, de toda a sua filmografia.
A falta de esperança, uma mal disfarçada culpa pelo passado delituoso de seu país, são mais que evidentes em toda a sua obra, principalmente em Berlim Alexanderplatz, na minha opinião seu mais completo filme!
Infelizmente, poucos de seus 39 filmes foram exibidos no Brasil. Tentem, os que não o conhecem, entrar em contato com um dos maiores cineastas, a meu ver, de todos os tempos!
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