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segunda-feira, 21 de junho de 2010

FÉ E ALIENAÇÃO!

"...Ó Senhor Deus,a quem a vingança pertence,Ó Deus,a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente!Exalta-te,tu,que és o juiz da terra;dá o pago aos soberbos." Neste belo trecho do salmo 94, reafirma-se a tese de que a religião jamais ficou alheia,omissa,quando da necessidade de crítica aos transgressores da lei,seja ela divina,ou de características terrenas. " Guardai-vos dos escribas,que querem andar com vestes compridas e amam as saudações nas praças,e as principais cadeiras nas sinagogas,e os primeiros lugares nos banquetes;que devoram as casas das viúvas,fazendo,por pretexto largas oracões.Estes receberão maior condenação." Mateus 23.1.12 " Agora,vós,fariseus,limpais o exterior do copo e do prato,mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade." Mateus 23.1.39 Poderia citar centenas de criticas e advertências feitas,no antigo e novo testamentos,para tranquilizar os religiosos que acreditam, haver conflito,entre a fé e uma postura atenta,vigilante,aos modernos fariseus. Jesus,pura mansuetude,não hesitou em expulsar os mercadores do templo, e, segundo as Escrituras,o fez,a chicotadas! Não devemos confundir,resignação aos caminhos traçados por Deus, com apatia, alienação às injustiças sociais, fraudes e pretenções totalitárias, que,elas sim,são um atentado à Lei Maior:" Amai o próximo como a tí mesmo."

35 comentários:

Theresa disse...

Sanatório Geral - Augusto Nunes
Quadrilha da sacolinha
20 de junho de 2010

“Aos pastores estaduais, vou dizer uma coisa para vocês; se vocês não imprimirem, se vocês não colocarem esse ritmo de trabalho aqui, eu vou visitar, sem falar com vocês, e, se eu encontrar o povo frio, a igreja vazia, a cabeça de vocês vai rolar”.
Romualdo Panceiro, n° 2 da Igreja Universal, no vídeo divulgado pela Folha em ameaça castigar os pastores que não atingirem as metas estabelecidas pelo plano de vendas de lotes no céu, confirmando que se todos os bandidos brasileiros que lucram em nome de Deus forem submetidos a julgamento o Dia do Juízo Final não vai terminar em menos de 50 anos.

Luiz Gonzaga disse...

Acabei de assistir no Roda Viva a brilhante entrevista de José Serra durante uma hora e quarenta minutos. Me fez lembrar da época em que existiam pessoas sérias e competentes dirigindo este País!

Ruth Barbosa disse...

Quero pedir-lhe desculpas pelo comentário que fiz.
Nenhuma intenção de trazer-lhe desconforto existencial.
Que sua trajetória atual seja plena e que as próximas possam aprimorar sua arte.
Com carinho
Ruth

Luiz Gonzaga disse...

Até tu Boff (fostes enganado)?

Artigo escrito por Leonardo Boff

Solidariedade para com as vítimas do 'novo' PT

Passei um fim de semana lendo pela enésima vez O Príncipe de Maquiavel no esforço de entender a atual política da Direção Nacional do PT.

E ai encontrei as fontes que possivelmente estão inspirando o assim chamado "novo PT", aquele que trocou o poder da vontade de transformar a realidade pela vontade de poder para compor-se com a realidade, notoriamente envenenada com o propósito de perpetuar-se no poder.

Nas palavras do candidato eleito pela convenção do partido em Minas Gerais, Fernando Pimentel e depois invalidado, em nome da aliança com o PMDB: "o PT novo é o PT que faz alianças e convive com a realidade política brasileira, buscando transformá-la... Não somos mais um partido que coloca a ideologia como uma máscara, como óculos escuros para não enxergar a realidade política; operamos com a realidade política do jeito que ela é, para transformá-la"(O Globo 12/6/2010).

Vamos traduzir esse discurso de disfarce. A ideologia básica do PT originário era a ética e as reformas estruturais. O novo PT entende este propósito como uma máscara que não permite enxergar a realidade política do jeito que ela é.

Sabemos como é o jeito da política vigente, montada sobre alianças espúrias, sobre a mercantilização das relações políticas e sobre a rapinagem do dinheiro público.

Pimentel ainda acredita que com as alianças se pretende transformar a realidade, como se para transformar uma gangue de bandidos devesse fazer parte dela. A ética foi enviada ao limbo e em seu lugar entraram os conselhos de Maquiavel.

Este teve um propósito semelhante à Direção do PT: "ir diretamente à verdadeira realidade das coisas e não ater-se a representações imaginárias" (c.XV). Para Maquiavel a verdadeira realidade das coisas é a busca tenaz do poder, as formas de conquistá-lo e de conservá-lo. E ai vale tudo; os fins justificam todos os meios: o perjúrio, o crime e até o bem se ele trouxer vantagens.

As "representações imaginárias" é a ética, o que deve ser. Ela não é posta de lado; até vale desde que favoreça o poder. Caso contrário pode ser atropelada:"não se afastar do bem quando se pode, mas saber usar o mal, se necessário" (c.XVIII).

O importante não é ser bom, mas parecer bom. Não há porquê cumprir a palavra empenhada, se ela se volta contra o príncipe pois "jamais faltarão motivos legítimos para justificar o não cumprimento de algo apalavrado"(c.XVIII).

É entristecedor ler em Pimentel:"nesse processo de renovação, alguns companheiros vão ficar no passado". Estes, na verdade, são os portadores do futuro porque são fiéis à ética e ao sonho de uma política diferente do jeito como é feita.

A Direção do PT se rendeu a ela, fazendo alianças escandalosas para se perpetuar no poder e assim se atolando no passado. O povo não merece ser defraudado desta forma.

Não é investindo em políticas assistenciais que se possa substituir-lhe a dignidade. Mesmo assim, há tantos nas bases, deputados, prefeitos e vereadores do PT antigo e ético que mantém vivo o sonho e que não abandonam a questão: que Brasil queremos e que ética pública precisamos?

Quero me solidarizar com as vítimas do maquiavelismo do "novo" PT, especialmente em Minas Gerais e no Maranhão. Neste Estado está ocorrendo uma tragédia, bem representada pelo histórico sindicalista Manoel da Conceição, de 75 anos, fundador do PT, torturado e mutilado pela polícia das oligarquias entre as quais estão os Sarneys, sendo obrigado a votar em Roseana Sarney do PMDB.

Em carta aberta ao companheiro Lula, de fazer chorar, escreve "com ternura e amor de um irmão": "como eleger essas figuras que me mutilaram, torturaram e mataram dezenas de meus mais fiéis companheiros... isso fere de morte a nossa honra e a nossa história". Mas o projeto de poder não tem o mínimo sentido humanitário: Maquiavel dixit.

Luiz Gonzaga disse...

.....................................

Da mesma forma quero me solidarizar com as vítimas de Minas Gerais, com Sandra Starling, com Patrus Ananias, dos melhores ministros do Governo, com Durval Ângelo, paladino dos direitos humanos e de tantos e tantas que estão sofrendo indignados.

Nem tudo vale neste mundo. E se Cristo morreu, foi também para mostrar que nem tudo vale e que para tudo há algum limite, válido também para o PT.

Luiz Gonzaga disse...

Desmascarando o peão-presidente. Assista o que foi dito sobre o Bolsa Familia.

http://blogs.abril.com.br/williambaiano

Theresa disse...

A elegância não é vestir um terno Armani ou Hugo Boss, a elegância é saber comunicar e transmitir com calma e ponderação as opiniões, elegante é o respeito que o Serra demonstrou ter por si próprio não dando importância aos petistas durante a sabatina.
Elegância verbal,harmonia e despojado de qualquer populismo tão evidente no atual presidente dos petistas, sequer poderiamos comparar, seria uma ofensa uma comparação.
Seria bom demais para o Brasil ter um presidente pensante, um presidente que lê, um presidente que não se contentaria em estar inaugurado dois metros de esgosto para enganar os pobres.
Seria tão bom para o país ter um presidente que ao menos fala sobre a educação e tem planos para o seu desenvolvimento.
O Serrá não será um salvador, se eleito teria que passar todo um mandato a limpar toda a sujeira que o PT irá deixar.
Já alegra saber que temos alguém como o Serra. Para os petistas que colocaram "aquilo" Luis Lula no Planalto, com toda a certeza não conseguem entender a diferença, são despolitizados e sómente a bolsa-família é o importante.
Para os petistas que sabem ler, tanto faz se o Hamas esta treinando o MST ou se o regime iraniano pendura os homosexuais, os apostatas, as prostitutas e os opositores ao regime na ponta de uma corda. Para a maioria dos militantes do PT o bolivarismo é certamente o nome de uma "gripe".
Como a criatura de proveta do Lula tem medo de sabatinas por não saber falar, ainda não chegou ao estadio oral do seu lento desenvolvimento fora da proveta, ainda não sabe coordenar os pensamentos com a língua ou sequer sabe pensar e andar ao mesmo tempo. É a imagem e quase semelhança do seu criador - falta a barba.
A questão da bolsa-família ou "bolsa-esmola" assim chamada pelo Lula. O Serra colocou o petista aldrabão e pulha no lugar onde merece estar, no escanteio.

Luiz Gonzaga disse...

TCU entrega lista de 4.922 gestores com contas irregulares; veja nomes

DE BRASÍLIA

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O TCU (Tribunal de Contas da União) entregou ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma lista com 4.922 pessoas com contas julgadas irregulares pelo órgão.

Veja nomes

No total, são 7.854 condenações, sendo 455 em São Paulo (um mesmo gestor pode ter mais de uma condenação).

Até o ano passado, estar na lista do TCU significava que o gestor estava inelegível. Mas, com a mudança na lei das inelegibilidades feita pelo Congresso (Lei da Ficha Limpa), o artigo específico das contas irregulares foi modificado.

Há dúvidas se os gestores da lista de 2010 poderão ou não participar do pleito de outubro. O presidente do TSE, Ricardo Lewandoski, afirmou que a Justiça Eleitoral vai analisar caso a caso.

http://media.folha.uol.com.br/poder/2010/06/22/contas_julgadas_irregulares.pdf

Márcia Zenkye disse...

Carlos... até agora estou meio emudecida com a excelência do texto da Nanda Torres, que transcrevo na íntegra ao seu Blogg, porque os grandes e corajosos se reconhecem... em pérolas que são... Tomo a liberdade, humilde, de te propor um jogo do contrário...a criação de mais texto seu, excelente, dentre os milhares que tenho acompanhado,a partir do comentário deste que me calou a voz... quiçá, você,possa falar desse sentimento, tão singular, de ser ator... Ficam aqui, mais uma vez, os meus aplausos, de pé, e minhas lágrimas enternecidas à você, a Nanda Torres e toda essa classe de especiais, artistas, tão geniais, que me calam... a alma...

"NO DORSO INSTÁVEL DE UM TIGRE, por Fernanda Torres"

O pânico de ser atriz vem da autoconsciência, do julgamento de si mesmo, da expectativa e de qualquer ruído que lembre o quão inútil é a profissão

Em fevereiro de 1995, pouco depois da estréia da peça Cell Mates, em que fazia um dos papéis principais, o ator inglês Stephen Fry acordou, foi para a garagem, ligou o carro e tentou se matar. Aí pensou na mãe, ficou com pena dela e decidiu fugir. Pegou o carro e, de fininho, foi parar na Alemanha. Passou meses desaparecido. A peça saiu de cartaz. Fry também - segundo o próprio, para sempre. Mas voltou ao cinema, tendo feito o papel-título em Wilde. A razão de largar o teatro? Aquilo que, em inglês, se chama stagefright.

Não existe uma boa tradução de stagefright para o português. "Pânico de palco" deixa a desejar. "Pânico da platéia", idem. Talvez a melhor tradução seja "pânico de cena", ou "medo da cena". Afinal, não é propriamente do palco que o ator tem pavor, nem da platéia. É do todo: pavor de perder o próprio sentido da profissão. Qualquer ator se pergunta antes de entrar em cena: "Mas, afinal, por que fui inventar isso pra mim? Por que não sou engenheiro ou médico? Que sentido há em fingir que sou outro?".

Num dos seus monólogos, Hamlet faz a mesma pergunta:

Não é monstruoso que esse ator aí,

Por uma fábula, uma paixão fingida,

Possa forçar a alma a sentir o que ele quer,

De tal forma que seu rosto empalidece,

Tem lágrimas nos olhos, angústia no [semblante,

A voz trêmula, e toda a sua aparência

Se ajusta ao que ele pretende?

E tudo isso por nada! Por Hécuba!

O que é Hécuba pra ele, ou ele pra Hécuba,

Pra que chore assim por ela.

Pânico de cena seria um estado patológico no qual o ator, em bom português, trava com as quatro patas, empaca, amarela. No estrangeiro, os casos são inúmeros, graves e renomados. Laurence Olivier se livrava da pressão de ter que ser Olivier xingando o público na coxia, antes de começar o espetáculo. Depois que passou dos sessenta, o pavor era tamanho que ele pensou em desistir da profissão.

Não conheço, no Brasil, caso de ator que tenha sofrido desse mal a ponto de abandonar a profissão, muito menos de alguém que tenha pensado em se matar. Acredito que isso se explica pelo fato do tão temido pânico de cena só acontecer, de verdade, em praças onde o teatro é levado a sério.

Aqui, há mais de vinte anos, os Cassetas lançaram com retumbante sucesso o inesquecível slogan: Vá ao teatro mas não me chame. O ambiente no Brasil é meio hostil a classe teatral. Pior: é indiferente. Além disso, 3 mil reais por mês, um carro na garagem, uma TV, fogão e geladeira representa o topo da cadeia alimentar de mais de 95% da população brasileira. Falar em sofrimento do artista, numa realidade dessas, dá até vergonha.

Marco Nanini define bem a questão: "O Olivier tem stagefright porque o Olivier pode. Eu também adoraria ter stagefright. Mas se eu começar a dar piti antes de entrar em cena, o público simplesmente desaparece". Nanini é desses atores que correm atrás de um personagem como o jogador do Nelson Rodrigues corria atrás da bola: como se fosse um prato de comida. É um caso clássico de ator brasileiro que é empresário de si mesmo. Não tem como chamar o produtor para dizer que não vai dar espetáculo. Ele é seu próprio patrão.

Márcia Zenkye disse...

Nanini conta que, certa vez, sentiu algo semelhante a uma síndrome do pânico, "mas era porque tinha que entrar num aparelho de ressonância magnética". Ele costuma suar frio quando tem de dizer a fala de um comercial nos 23 segundos exigidos. Apresentações de improviso, festas, prêmios e recepções também lhe provocam uma grande ansiedade. Mas no palco, sobretudo no teatro, onde se ensaia e sempre existe o dia seguinte, Nanini diz que se sente em paz. Encara os momentos mais difíceis, as piores platéias, as peças ruins e os eventuais deslizes como parte da profissão. Segundo Nanini, existe uma diferença entre o temor que faz parte das dificuldades naturais do ofício, e aquele outro, anormal, do curto-circuito em cena. O primeiro ele sempre sentiu. O segundo jamais o ameaçou.




Gosto da observação do Nanini. Até que ponto o medo de estar em cena pode ser considerado uma patologia? Tenho certa implicância com essas nomenclaturas, com a classificação da angústia. Cada vez que inventam um novo nome para um desvio de comportamento, suspeito que algum laboratório na Suíça está ganhando muito dinheiro às custas da neurose alheia. Encarar o pânico de cena como uma doença não ajuda em nada a vida do ator. O medo de estar em cena é o motor primordial da profissão. Controlá-lo é a arte do negócio.




Uma vez, o Pedro Cardoso me contou, como se fosse um segredo importante - e é -, que foi o diretor Amir Haddad quem lhe ensinou a ficar calmo, a relaxar sem perder a loucura, essencial quando se tem de fingir ser quem não se é. Ayrton Senna afirmou ter visto Deus enquanto dirigia seu bólido a 300 quilômetros por hora - Deus, através do Ayrton, desenhava linhas perfeitas nas curvas fechadas da pista de Mônaco. Com o ator não é diferente. Você fica em estado de graça quando pára de fazer esforço, quando perde a consciência de que está atuando.




Não se ouve falar de pânico de cena em relação a quem está começando a carreira. Na juventude, o ator já é alguém em permanente estado de pânico. Não conheço nenhum ator jovem que seja calmo. Confunde-se nervosismo com vigor, mergulha-se de cabeça em qualquer psicodrama, o diretor tirano encontra em você um prato cheio para exercitar o sadismo. É comum fazer teatro gutural, raivoso, aos gritos. Eu gostava de teatro físico: se não saísse de cena pingando suor, aquilo para mim não era teatro.




Sérgio Britto conta que recentemente, numa peça de vanguarda dirigida por uma jovem diretora, todos os exercícios do ensaio buscavam a tensão. Começava- se tensionando os dedinhos do pé, depois subia-se pelo corpo até o cocoruto da cabeça. Sérgio percebeu que a tensão era tanta que, a certa altura, já não era possível compreender o que os colegas diziam. Decidiu conversar com a diretora. Ela respondeu: "Não tem problema, o importante é que eles estejam tensos". Dificilmente você sofrerá do maldito pânico se estiver exorcizando sua tensão no palco. Acredito que esse medo só ataca atores mais experientes, gente que, depois de ter encontrado, acaba perdendo o sentido de estar em cena.




Talvez o primeiro e único ator brasileiro que sofreu a ponto de ter autoridade para dizer de boca cheia "Eu senti stagefright!" tenha sido o Sérgio Cardoso. Aconteceu nos anos 40, na temporada de Hamlet no Teatro Fênix do Rio de Janeiro. Naquelas priscas eras, teatro era coisa séria.

Márcia Zenkye disse...

Sérgio Cardoso fazia parte do Teatro do Estudante, grupo criado por Paschoal Carlos Magno para "qualquer pessoa que quisesse estudar teatro e tivesse menos de 30 anos". Ao terminar de se maquiar, ainda no camarim, nervoso, pronto para entrar em cena, Sérgio Cardoso chama a produção. Diz que não haverá espetáculo e pede que devolvam o dinheiro dos ingressos. Explica que não sabe fazer o papel, não sabe, não sabe... Sérgio Britto, como o fiel Horácio, toma a frente e diz que, nesse caso, será obrigado a ligar para o pai do Sérgio Cardoso, seu Francisco - seu Francisco era muito rígido -, e contar o fricote do filho. Funcionou. Hamlet baixou rapidinho.

Sérgio Cardoso exercia sua profissão no limiar da sanidade. Enfrentava Hamlet com tamanha fúria que não eram raros os dias com algum acidente em cena. Ele quase levou a mão de Sérgio Britto num juramento de espadas, e fez a peruca dele voar longe numa cena de ódio ao padrasto (no meio da temporada, Britto trocou o papel de Horácio pelo do rei Cláudio). A peruca desceu sozinha escada abaixo, enquanto a platéia ria. Sérgio sacudia tão furiosamente a mãe, Gertrudes, que os peitos da atriz saltavam para fora do decote medieval. Como sua pressão arterial variava junto com o batimento cardíaco, era comum ele desmaiar depois das apresentações. Tinha sopro no coração. Morreu aos 47 anos, provavelmente vítima da própria profissão. Sérgio Cardoso foi o mais próximo de Laurence Olivier que conseguimos chegar.

E aí vieram os anos 60. Período de glória do teatro experimental. Numa peça, depois de o autor assistir a inúmeros e exaustivos ensaios de improvisação, para que o texto surgisse do coletivo - aquela mistura de Marx com Grotowsky (o teórico polonês) -, o autor virou para o grupo e declarou que o texto dele ia ser o não-texto. Aí o diretor chegou e disse que a direção também ia ser a não-direção. E aí os atores decidiram, em uníssono, partir para a não-interpretação.

O teatro na época era visceral, engajado, sério. Havia os laboratórios, as improvisações grupais, que às vezes terminavam em suruba. Não era fácil ser ator de vanguarda. Ouvi uma vez uma história sensacional. Os personagens principais parece que eram o Stênio Garcia e o Roberto Bonfim. Nunca quis confirmar com nenhum deles, para não desfazer a fantasia. Nos ensaios experimentais coletivos, durante as improvisações mais lascivas, os dois belos jovens, escreveu não leu, eram atacados pela ala gay do elenco. Os dois decidiram bolar um plano: para não dar bandeira, cada um se colocava estrategicamente em lados opostos do palco; quando começava o exercício, deslizavam de corpo em corpo até se encontrar; e assim permaneciam, agarradinhos um ao outro, protegidos do resto do elenco.

Fauzi Arap, diretor, autor e ator extraordinário, alçado à posição de deus absoluto depois da interpretação que fez de um bêbado niilista na histórica montagem, de 1963, de Os Pequenos Burgueses, de Gorki, no Teatro Oficina, foi um que abandonou o barco. Dizem que ele teria desistido da profissão no meio de um espetáculo em que dividia o palco com Tônia Carrero. Na hora da deixa, teria parado em suspenso e dito: "Eu não sou ator! Eu não sou ator! Eu não sou ator!", e saiu porta afora.

Márcia Zenkye disse...

Fui falar com o Fauzi e confirmei: a história é lenda. O que ele me disse é que desistiu da profissão porque descobriu como ganhar a vida de outra maneira, se expondo menos. Passou a escrever e a dirigir. Achava que teatro era uma experiência tão vertiginosa que ele não quis, ou não conseguiu, fazer dela um ganha-pão funcional. Fauzi conta que olhava para os outros, ouvia aquelas vozes, via aqueles gestos - e não se reconhecia como ator. Suava frio, era tímido, e sua interpretação vinha justamente do mal-estar que sentia ao fingir ser outro, da falta de intimidade com o ato de representar.

Para lidar com o desconforto, Fauzi desenvolveu o método da ação e da contra- ação. O personagem quer e não quer falar, quer e não quer representar. Ao cruzar a perna, costumava congelá-la no ar para manter o público em suspenso, à espera de que ela repousasse, ou não, sobre a outra perna. Dizem que a platéia o seguia como a serpente segue o encantador. Essa vontade e contravontade é o próprio princípio do teatro e está no intestino grosso do pânico de cena.

O diretor paulista Antunes Filho, num recente exercício com jovens dramaturgos, diante do blablablá de alguns textos, repetiu à exaustão: "Vocês não percebem?! O personagem não quer falar!!!". É preciso sentir nas vísceras o incômodo de se expor, o perigo do salto triplo. Se não fosse assim, circo não tinha graça.

São muitos os medos da profissão. O mais comum é o pavor de esquecer a fala. São casos e mais casos. O diretor e ator francês Louis Juvet - Madame Morineau viu - exigia que um ator da companhia ficasse parado, olhando-o nos olhos, enquanto ele repassava o texto minutos antes de entrar em cena. Marlon Brando distribuía dálias - colas com o texto escrito - pelo cenário, pelos atores, pelos figurantes, pelas árvores, postes, bancos, por onde quer que seus olhos passassem.

Contam-se nos dedos os atores que não desenvolveram nenhuma forma de mandinga antes de entrar em cena. Não fujo à regra. Tenho que pisar no palco com o pé direito, e não repito um sutiã ou calcinha que tenha me trazido má sorte. Minha mãe tem o estranho costume de segurar um prego torto na coxia. Muitos se benzem, ninguém fala o nome daquela tragédia de Shakespeare (digo baixinho: aquela do rei escocês) e "Merda!" é a saudação oficial para se desejar boa sorte.

Dizemos merda para vencer o medo com as armas da crendice. O teatro nasceu na Grécia e, como se sabe, os deuses gregos tinham uma relação passional com a espécie humana. Nós éramos pasto das suas disputas - tinham inveja, competiam, armavam arapucas para nós. De forma que os mortais tiveram que inventar artimanhas para passar incólumes por eles. Fala-se merda para desviar a atenção do pessoal do andar de cima, e assim evitar que eles se dêem conta dos nossos eventuais êxitos aqui na terra. É como o break a leg da tradição anglo-saxã, o "quebre uma perna". Tudo serve para baixar a expectativa do comediante. Sempre é recomendável botar os pés no picadeiro sem se esquecer que faz parte do jogo cair do cavalo.

Márcia Zenkye disse...

Existe uma outra expressão em inglês - suspension of desbelief, a suspensão da descrença - que define o estado do espectador que aceita a ilusão criada em seu benefício. Um ator precisa que a platéia embarque na mentira, assim como uma criança precisa da outra criança para brincar de polícia e ladrão. É um fingimento mútuo: eu vou fingir que não sou eu e você vai fingir que acredita. Quando isso não acontece, os efeitos são dolorosos para o ator e tediosos (ou hilariantes) para a platéia.

Da primeira vez que eu pisei num palco profissionalmente, o abismo, a quarta parede, lá onde fica o público, era isso mesmo: um enorme buraco negro prestes a me sugar. Não conseguia ouvi-los, senti-los, nada. Eu fazia Cordélia, em Rei Lear, e passava mais de uma hora fora de cena. Comecei a ir em casa para jantar. Ou então ficava no fliperama ao lado do teatro. Na hora de pisar novamente no palco, nem eu mesma era capaz de me convencer que ali era a Cornualha. Passei a sofrer ataques de riso. Eu ria morta, ria em pé, ria parada, ria no agradecimento. Ria, ria, ria. O elenco me dava bronca, eu sentia angústia, mas na hora H era irresistível, caía na gargalhada. Foi um pânico de cena, um pânico de cena de ator inconseqüente.

Na estréia da Casa dos Budas Ditosos, anos depois da Cordélia risonha, eu já tinha aprendido que existe vida no buraco negro do público. Combinamos, eu e o Domingos de Oliveira, diretor da peça, acender a luz da platéia em alguns momentos do espetáculo. O teatro do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo é pequeno, tem cento e poucos lugares. Na estréia, apareceram a crítica Bárbara Heliodora, o diretor Antunes Filho e o cineasta Hector Babenco, entre outros tantos. Eu tinha a sensação de que a platéia adernava o teatro para o lado de lá. Quando a luz acendeu pela primeira vez, percebi que um dos pontos de iluminação caía exatamente na cabeça do Babenco. Ela reluzia no meio da pequena multidão. Notei que Hector não estava muito entusiasmado. Imediatamente, me bateu a vergonha de representar. Eu dizia o texto, mas minha cabeça divagava: será que ele me acha ruim? Lembrei do Pixote, do filme do Fittipaldi, do Beijo da Mulher-Aranha, de uma péssima leitura que eu tinha feito do Carandiru. A luz continuou a acender e a apagar em cima da cabeça dele e, toda vez que isso acontecia, lá estava o Hector, cada vez mais entediado. No dia seguinte, a gente acabou com essa frescurada de ficar acendendo refletor na cara da platéia. São os horrores da estréia. Nenhum ator gosta de estréia, nem figurante. Numa montagem dirigida por Augusto Boal, no Arena, com o elenco amador do Teatro Oficina, um figurante, na véspera da estréia, se virou para o autor, o Zé Renato, e avisou: "Olha, amanhã eu não vou aparecer porque a gente fica muito nervoso na estréia, mas depois de amanhã pode contar comigo!".

Já nas primeiras três falas, você sabe se o público virá com você ou não. Na estréia da Electra com Glauce Rocha, em Porto Alegre, nos anos 70, o pano se abriu e entraram em cena Orestes e Pílades, devidamente paramentados de gregos. Orestes tinha uma voz fraca, e gritou agudo: "Píííílades! Ó, Píííílades!". O gerente do teatro olhou para o secretário e disse, desolado: "Lá se foi a temporada...".

Márcia Zenkye disse...

O público se manifesta como um só organismo. Toda platéia sofre de humores, não importa se formada por cem pessoas, por mil ou por dez mil. Alguns espectadores têm o poder de contaminar teatros inteiros, para o bem ou para o mal. Sempre bato o olho em quem está contra. Acho que existe um campo gravitacional que puxa a tua atenção para quem não está gostando. E, é claro, há o público errado para a peça errada. Lembro de uma firma de construção civil, de São Paulo, que topou comemorar seu aniversário fechando uma sessão da Gaivota, de Tchecov, que eu fazia. A montagem não primava pelo ritmo fluente e, antes do espetáculo, serviram jantar acompanhado de vinho. No fim do primeiro ato, ouvimos os primeiros cochilos. Lá pelo meio do segundo, o público roncava sem cerimônia. No final, a gente via um acordando o outro para aplaudir.

Matheus Nachtergaele conta que quase perdeu o prumo durante uma apresentação do belíssimo (e vanguardíssimo) Jó. O público seguia a ação se deslocando pelas entranhas de um hospital abandonado de São Paulo. Depois de ser dependurado num pau-de-arara, Mateus era mergulhado numa banheira de sangue feito de chocolate e, em seguida, nu, caminhava em direção ao público narrando as provações da sua existência. Foi quando uma senhora se virou para a amiga e disse: "Satisfeita, Yolanda?!".

E é claro, existem as vaias, o ódio declarado da platéia.

Fui retumbantemente vaiada duas vezes. A primeira no estrangeiro, em alemão. Foi quando aprendi na prática o significado da palavra Scheisse, que é "merda" no sentido literal e não cênico. Mesmo com medo, não deixei de achar glorioso. Pareciam os bárbaros invadindo Roma.

A outra vez foi no histórico Tuca, o teatro da puc de São Paulo, palco de vaias bem mais importantes que a minha, como a de Caetano Veloso quando cantou "É Proibido Proibir". No meu caso, o burburinho começou porque o público quis o dinheiro de volta e a bilheteria estava fechada. Eles tinham toda a razão, nosso trabalho era muito ruim, uma versão de Don Juan pra lá de confusa. Bilheteria fechada, o pessoal achou que era o caso de entrar de novo no teatro para protestar. A platéia do Tuca tem 700 lugares, se estende a perder de vista. A vaia veio rolando lá do fundo, em onda, como uma cascata sonora. Era imponente, tinha beleza. Pensei: "Meu Deus, estou sendo vaiada no Tuca! Vou lembrar disso para o resto da vida!". Todo ator possui um lado masoquista. Os grandes fracassos têm importância para a gente. Não é gênero, não.

Márcia Zenkye disse...

O vexame no teatro é contornável, a glória também, nada é permanente, tudo será repetido no dia seguinte. Existe o incômodo de estar presente nos momentos embaraçosos, mas isso passa. Cinema não passa. Tenho pavor de cinema. Cinema fica. Não é à toa que, entre a classe artística, o Canal Brasil é conhecido pelo nome de Quem Deve Treme. Uma cena emocionalmente complicada, no cinema, exige que o ator passe o dia botando os nervos no microondas. Vai filmar? Você esquenta, lembra das razões do personagem. Ah, não vai mais?! Vai fazer o contraplano antes? Aquele em que você está de costas. Você faz, já gasta um pouco do que represou. E quando termina: "Almoço!". Aí você enche a barriga, fica com sono porque acordou cedo, se distrai com uma conversa besta. "Vamos filmar!" Agora é com você: close do rosto. Cadê aquele sentimento delicado que te envolvia três horas antes? Foi-se com a espera, o tédio, o estrogonofe e o cafezinho. Você começa a fazer força para se lembrar de qualquer coisa tocante, rápido, vai rodar. O barulho do negativo, truuuuuuutruuuuu, o custo da película, da câmera, da equipe, a luz que está caindo, a locação que não pode ficar para a semana seguinte, o personagem a léguas de distância e você lá, frio, frio, frio feito uma geladeira.

Cinema é uma arte muito pouco confortável para o ator. É uma vez e pronto. Bom ou mau, aquele momento se congelará para sempre.

Recentemente recebi um convite que trouxe de volta a insegurança do início da minha carreira. Fui chamada para repetir, como atriz, o depoimento que uma mulher havia dado dias antes ao diretor. Não uma personagem de ficção, mas uma mulher de verdade, que contou sua história. Me mandaram a fita com o depoimento dela. Eu deveria assistir e encontrar uma maneira de interpretá-la, repetindo o que ela havia dito. A empreitada se revelou dificílima. Toda vez que eu via a fita original, tinha certeza de que, quando o filme ficasse pronto, alguém se levantaria da platéia para gritar: "Ela está mentindo!".

Wagner Moura me disse que, no Carandiru, os atores gostavam de pegar sol no pátio do presídio durante os intervalos das filmagens. O problema é que a outra ala da carceragem ainda estava ativada e os presos ficavam pendurados nas grades da cela, olhando os atores e gritando: "Tu é marginal porra nenhuma! Tu é viado! ô, viado!". Ninguém do elenco quis mais arejar lá fora, para não ter que lidar com a crítica feroz dos presos. Esse negócio de fazer gente que existe é uma coisa muito complicada.

Quando chegou o dia da minha filmagem, fui para lá nervosa, com a tal mulher no corpo, doida para me livrar dela. Na hora combinada, me sentei diante da câmera, o personagem em mim - mas a equipe continuou a se relacionar comigo, com a Nanda Torres, e aí me deu um curto, a boca secou, a mulher se escafedeu, sumiu. "A pior coisa que existe é você estar com a entidade no corpo e os outros insistirem em falar com o cavalo." A frase é do Amir Haddad, o mesmo que ensinou Pedro Cardoso a ficar calmo. Amir faz teatro de rua. Quando está atuando, fica perdido quando algum conhecido passa berrando: "Ô, Amir!".

Adoeci por causa dessa filmagem. Saí de lá direto para a cama. Só levantei uma semana depois, à base de Amoxil 875mg. Saí dali com raiva - raiva dessa profissão idiota. A experiência instalou uma dúvida incômoda na minha cabeça. Existe um paradoxo na vida do ator. Se você tiver êxito, provavelmente se tornará conhecido. Mas, uma vez transformada em figura pública, como convencer o resto do mundo que você é quem finge ser? O convite para fazer uma mulher real, do subúrbio do Rio, mexeu com os meus brios, aguçou a desconfiança de que, talvez, eu tenha perdido a capacidade de me perder em alguém. A profissão de ator não tem nada a ver com fama.

Márcia Zenkye disse...

Quando se está em cena, seja no teatro, no cinema ou na televisão, você quer dominar os sentimentos, é um esforço mental gigantesco. Minha mãe diz sempre que só se deve falar depois de criar uma imagem na cabeça. Você fabrica uma alucinação e a projeta para o público. É um trabalho que acontece invisivelmente. É muito tênue, frágil, requer concentração. O pânico vem da autoconsciência, do julgamento de si mesmo, da expectativa, da censura interna e de qualquer ruído que lembre o quão inútil é a profissão.




Na antiga cidade grega de Pela, existe um mosaico com a imagem de Dionísio cavalgando as costas de um tigre. Para o deus do teatro, o palco, assim como o chão que pisamos em vida, é o dorso instável de uma fera. O medo é um sentimento inseparável do comediante. Se um ator, numa fração de segundo, se der conta de que quem está ali é ele, o mortal, e não o outro, o personagem imaterial, terá a alma exposta e correrá o risco de a qualquer momento ser abocanhado e cuspido pela besta imaginária. A peça em que Renata Sorrah mais tremeu, de bater os queixos antes de entrar em cena, foi um texto de Pirandello com o sugestivo título de Encontrar-se. No fundo, está tudo contido na primeira fala do primeiro ato de Hamlet.

"Quem está aí?"

Luiz Gonzaga disse...

NÓS, NOSSAS CRENÇAS E NOSSAS FRAGILIDADES!

Antes eram muitos deuses. Cada um com sua função para ajudar os homens nas suas necessidades e expectativas. Os nomes e os poderes variavam segundo as culturas. Depois um sacerdote "esperto" soprou no ouvido de um dos últimos imperadores romanos aconselhando-o a proibir todos os deuses nos quais o povo acreditava e inventar um deus único e todo-poderoso. E ele assim o fez. Resultado: Tornou-se o imperador romano mais popular da época!
Eles haviam percebido que centralizar as divindades numa só - e colá-la ao Estado – poderia potencializar o Poder do governante do momento. Daí em diante a religião e o Estado, em parceria, passaram a atuar juntos e, mesclados, puderam agir com mais desenvoltura, transformando as ordens dos poderosos em “comandos divinos”.

Descobri que religião e religiosidade são conceitos completamente diferentes e que não se misturam.
Penso a religiosidade como uma condição inata, um atributo que nasce com o homem; natureza construtiva que o impele para viver em paz, social e individualmente. Penso a religião como uma instituição humana, criada por homens, cujo objetivo é cultuar entidades divinizadas (Deus, Buda, Alá, Maomé, etc.) cultuadas como superiores á natureza humana.
As religiões são instituições com ideologias polimorfas, com rituais diferenciados (culto, missa), com representantes personificados (pastor, padre, rabino) e com hierarquia e funcionamento semelhante aos de uma empresa, no que se refere á administração de bens, estrutura de organização e objetivos a atingir.
Os deuses se originam das mitologias, ou seja, de lendas e/ou histórias de uma cultura em particular creditadas como verdadeiras e que constituem um sistema religioso ou de crenças específicos. Como exemplos temos:
Mitologia cristã e judaica, Mitologia islâmica,Mitologia egípcia, Mitologia grega, Mitologia romana, Mitologia nórdica, Mitologia africana, Mitologia hindu, Mitologia maia, Mitologia asteca, Mitologia inca, Mitologia tupi-guarani, Mitologia tolkieniana, Mitologia khoi e muitas outras...
Algumas diferenças podem ser percebidas entre um conceito e outro, por exemplo:
• Religiosidade é condição atemporal, individual, inerente ao plano da imaginação e do sentimento; religião é temporal, grupal, ideológica, socialmente organizada.
• Religião se organiza por dogmas e hierarquia do grupo religioso; religiosidade se manifesta por atos mediados pelo bom senso (índole) individual.
• Religiosidade é manifestação desvinculada de interesses materiais e corporativos; religião é influenciada por esses fatores.
• Religião se origina da formação de classes numa sociedade (elites): governantes, sacerdotes, militares; religiosidade é uma condição intrínseca ao “modo de ser” espiritual de cada indivíduo.
• Religião e Estado são instâncias de poder numa sociedade, com influência política e com objetivos diversificados.
• Religião é conduzida por pessoas e pode levar á violência quando seus líderes mobilizam grupos para objetivos destrutivos (fanatismo).

Luiz Gonzaga disse...

Ser religioso significa ser bom e construtivo em relação a si mesmo e aos outros. É pensar e sentir coletivamente (“ama a teu próximo como a ti mesmo”), um princípio construtivo de eqüidade, solidariedade e justiça, condições dirigidas para a paz e harmonia.
Pertencer a uma religião é associar-se a um grupo de homens que professam uma crença determinada, afiliarem-se á uma instituição religiosa e seguir seus preceitos.
No entanto, nem sempre o homem expressa sua religiosidade, ao pertencer a um grupo religioso. Mas pode usar o “rótulo religioso” para alcançar objetivos individuais ou de grupo. Portanto, a prática religiosa nem sempre está vinculada à religiosidade.
A condição de crença religiosa não necessita de conhecimento e nem de prova; a condição de conhecimento sim, pois é sempre uma verdade provisória, e como verdade (científica ou não) é relativa e mutável.
A condição da crença religiosa nem sempre é verdadeira, a não ser para o crente. Os determinismos científicos ou religiosos são condições que, levadas ao extremo, prejudicam o bom senso e alteram a convivência.
As verdades existem espalhadas e não concentradas num só ponto. É necessário saber catá-las em toda a extensão do terreno. E podem ser misturadas, porque podem ser compatíveis. O que seria dos olhos sem as pálpebras?
Como explicar a polimorfia religiosa e sua evolução desde os tempos do politeísmo na antigüidade, ao monoteísmo das sociedades civilizadas?
Um dos preceitos fundamentais das religiões está contido na frase: “paz na Terra aos homens de boa vontade…”; pelo número escandalosamente grande de religiões que possuímos, por que esse objetivo ainda não foi alcançado?
A religiosidade tem sido usada atualmente por algumas empresas que se auto-intitulam de “igrejas” para alcançarem metas financeiras ou de número de seguidores, que lhes emprestam maior poder.
Será que a centralização numa entidade superior única (Deus, Jesus, Buda, Maomé) melhora a essência da religiosidade e se reflete no comportamento humano equilibrado?
Como se vê, os sacerdotes e os dirigentes daquela época já sabiam como manipular as pessoas para aumentar seu poder.
Os seres humanos possuem o direito de escolher suas próprias verdades. Nunca devemos nos esquecer, porém, que elas são individuais…!
Após algum tempo comecei a me enveredar pelo mecanismo das “verdades relativas”, aquelas que são dinâmicas; que mudam com o tempo, com os conceitos, os costumes e as necessidades de sobreviver nas culturas e no ambiente. Fiz-me a seguinte pergunta: O que acontece com a religiosidade quando o homem está com fome, com medo e quando sofre um ataque de um terceiro que possa ocasionar-lhe a morte?

Os medos humanos muitas vezes se ritualizam como forma concreta de alcançar os objetivos desejados. Mostram de forma singular a insegurança humana diante de empreitadas mais difíceis.

Quando atores e atrizes ousam encarnar outras individualidades correm um sério risco de perder o fio de sua própria integridade individual. Sentem medo. Ficam inseguros e precisam apelar para divindades e superstições que lha possam aliviar essa angústia. Como o óleo e a água que nunca se misturam, podem manter uma tênue superfície de contato com o seu personagem, mas precisam da presença do protagonista para aliviar-lhe a tensão do perigo a que se expõem.

A natureza humana tem como características essenciais: a fragilidade, a insegurança, a incerteza. O ridículo, o desamor e a morte sempre continuarão a ser seus eternos fantasmas.

fusaenotas disse...

Eu tenho uma preocupação, que é a de que o povo, a massa, talvez esteja hipnotizado e por isto não consiga ver com clareza a face terrível da petralhada...

Hipnotizados pela religiosidade que sempre foi exacerbada e coincidentemente cresceu horrores neste período de trevas petralheiras - "está péssimo, mas é a vontade de deus"... Eu desconheço este deus!

Imobilizados e impedidos de raciocinar e cobrar mudanças e até mesmo o cumprimento das Leis, diante das inúmeras tragédias e banditismo, porque são liderados pela petralha que se alimenta exatamente dessas dores - sem desgraça, não há como se utilizar de ideologias pinçadas no comunismo para se atingir o totalitarismo, que almejam.

Acredito que a Elite, a real, e não "azilíti" do Cara, deva começar a se mobilizar, enquanto pode - pois pelo andar da carruagem, logo estará inexoravelmente presa a grilhões e amordaçada.

Uma Elite não necessariamente milionária, mas com plenas faculdades intelectuais, com poder de decisão e ação, responsável e verdadeiramente preocupada com os rumos do país e do povo.

O massa fará o que a petralha quer, e isto pode significar que a Elite estará definitivamente fadada a ser governada por aqueles que têm ganas de destruí-la, minando-lhe todo e qualquer poder de ação contrária - usurpando-lhe o poder aquisitivo, o direito à propriedade e aliciando seus filhos através de cartilhas ideológicas.

Esperar que os políticos eleitos façam algo é ilusão - sem pressão popular eles não se mexem, e a massa não consegue exercer a pressão necessária pois está presa à hipnose coletiva exercida pelo Grande Líder, que claro, não tem interesse algum em abrir mão desse poder.

Sem uma Elite responsável, pensante e generosa, atuando como motor para mover a massa, nada mudará e se depender da voracidade da petralha, tende a piorar muito e rapidamente!

Creio que uma Campanha para "levantar" essa Elite seria bem vinda. Fazê-la agir junto ao povo, em bloco, com a mesma ganância e agressividade da petralha. É um sonho, mas um sonho possível.
Onde vivo, já sinto os tentáculos das trevas tentando nos subjugar, e isto é muito preocupante.

Luiz Gonzaga disse...

O TEMPO DIRÁ

Não sou daqueles que usa o processo lógico com pressa e ansiedade. Sou daqueles que segue a premissa: “Toda ação destrutiva tende à entropia”. A história nos tem mostrado que a transgressão e a fraude possuem data de validade.

Já vi vários países trocarem de bandeiras, vários líderes trocarem de idéias e caírem no descrédito. Um partido não consegue conter os desejos e as aspirações de um povo. Um líder não consegue se manter de pé quando seu povo passa a conhecer seus verdadeiros objetivos. As idéias e promessas precisam se cristalizar na realidade e se perpetuar no tempo.

Assim como a Evoluçao aponta para a preservação da Especie, os povos desejam a perpetuação da verdade e a continuidade da Vida. Com o passar do tempo os truques e a propaganda enganosa tendem a desmoronar. É esse o padrão que tem se repetido sempre durante a existência da humanidade.

Após ter trabalhado mais de doze anos com detentos e infratores ficou fácil detectar a arquitetura das idéias produzidas por eles. Aqui no Brasil um líder carismático destruiu o partido que o elegeu e anulou a emergência de qualquer outro que o pudesse substituir no futuro. O que acontecerá quando esse líder morrer?

Luiz Gonzaga disse...

SOCIALISMO LA MAQUINA DE CREAR POBRES

http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=9094&Itemid=141

Theresa disse...

Com a ignorância reinante e vigente no país, seria ainda mais desastroso e difícil lutar contra um fantasma.O Lula vivo é menos perigoso que morto.
Existe sómente uma solução: a politização da massa, mas esta não acontecerá, a educação no Brasil foi colocada de lado justamente para que o PT tenha total controle sobre a vida do país. Não adianta nós votarmos contra a praga petista, não somos a maioria.
Desde que o povo descobriu ou contaram para êle que o voto é algo negociável e lucrativo, o PT deita e rola.
Como explicar a uma família piauíense que o Lula e a sua corja são amigos dos bolivarianos e que isso é mau para o país - ou que a República islamica do Iran pretende construir uma bomba nuclear para varrer Israel do mapa e tem o aval do presidente dos petistas, o Lula.
Ou ainda que os membros do MST são posseiros e destruidores das propriedades alheias e que isso é errado.
Mensalão, dinheiro na cueca, guerrilheiros que dizem ter lutado contra a ditadura militar, assassinando inocentes, pois isso era o certo para o bem do páis, como exclarecer isso para esta gente? Não vão entender nada, êles não tem como acompanhar a politica, a história ou entender uma ideologia, mas entendem das bolsas.
Desde quando esta gente sabe o que é a energia nuclear ou mesmo quem ou o que é Israel.
Forum de São Paulo, Farcs, bolivarismo etc, etc, etc, mesmo se soubessem a mentalidade não acompanha a evolução, os esquerdalhas sabem e muito bem de tudo isso.Quanto mais ignorantes houver, mais votos o PT terá.
Não vejo saída, esta caterva não irá sair do poder tão facilmente.
A Dilma vai ser eleita honestamente ou desonestamente, não existe derrota para o PT.
Depois de quatro anos o Lula será novamente "eleito", caso a Dilma não faça a lição de casa como manda o MAG.
Desejo estar totalmente errada.
Não quero ter razão, só quero ser feliz.

maroel bispo disse...

Belo texto estraído da Bíblia Sagrada. Momento de refletir na vida, em Deus e em nossos anseios mais secretos. Hora de por a alma em contato com o ser divino: DEUS.

maroel bispo disse...

Caso Dilma seja eleita, será o fim das liberdades em nosso país. Liberdade de expressão, religiosa, etc. Ela será uma boneca nas mãos da turma do PT. Vamos mudar essa história nas eleições. Veja outros textos no blog: http://blogdoprmaroel.blogspot.com

Luiz Gonzaga disse...

Eu vou votar no molusco como o Desempregado do Ano em 2011. Se ele morrer até lá eu transfiro o meu voto para o Delúbio.

Luiz Gonzaga disse...

Calma! O resultado só sai em Outubro...

Luiz Gonzaga disse...

O apedeuta-presidente é uma piada brasileira que já esta sendo exportada para o exterior…

Luiz Gonzaga disse...

Vejam como são tratados os petralhas que tentam empastelar o blog do Augusto Nunes:

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/


Coutinho
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24/06/2010 às 18:54

Fui censurado! Sinto-me como Chico na época da ditadura. Pena que eu não tenha o mesmo talento dele para disfarçar minhas inquietudes.
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Mais um que não pegou o espírito da coisa. Haja paciência. Não houve censura nenhuma, companheirocoutinho. Foi o Controle Social da Mídia. O companheiro Vannuchi leu teu comentário, achou que não era de interesse público e mandou jogar no lixo. Se você se sente como o Chico, mas não sabe nem tocar uma vuvuzela, pode fazer o que ele fez sem partitura: vá para a Itália. Se não tiver grana para o avião, arrume um emprego na casa de máquinas de um cargueiro chinês. Boa sorte.

Luiz Gonzaga disse...

SE...

Se o molusco enfartar
E não puder discursar
E o CA da Anta voltar
E tiver que se internar
Qual outro grande petralha
Ocupará seu lugar?

Giselle Fachetti Machado disse...

Sr. Vereza
Admiro sua postura corajosa. A indignação diante de abusos é atitude cristã. A omissão é crime. Se vc tem espaço e voz para manifestar o pensamento de um grande grupo produtivo, solidário, religioso e massacrado pela corrupção e pela carga tributária abusiva,nós agradecemos pela sua intervenção pública.
A corrupção e a má gestão tem impedido o desenvolvimento de infraestrutura básica e imprescíndivel. Nâo nos faltam apenas aeroportos...
Como médica sei que hospitais privados estão fechando e, quando algum doido resolve investir nesta seara tem os orgãos oficiais como inimigos e não como propulsores.
Sei que o reino de Deus não é deste mundo mas aqui estamos para fazermos diferença...
Continue expressando sua indignação pois é também a nossa indignação.

Giselle Fachetti Machado

Luiz Gonzaga disse...

O crime organizado de braços dados com o poder

Embora possa parecer lúdico ou até mesmo fazer parte dos contos de ficção policial, no Brasil fica claro que as organizações criminosas estão realmente entranhadas nas mais diversas esferas do poder, quer seja no Executivo, Legislativo ou Judiciário. São escândalos de mensalões dos partidos políticos no Congresso Nacional e Distrito Federal, vendas de sentenças nos Tribunais de Justiça dos Estados, desvios de dinheiro através de ONG’s, Vereadores que recebem contribuições mensais de Prefeitos para votações, lobistas circulando por todos os gabinetes ou palácios de chefes do executivo, sem falar nas milícias formadas por bandidos e policiais que criaram no Rio de Janeiro um Estado dentro do próprio Estado.

Quem coordena isto?

O peão presidente e sua terrorista preferida!

Leiam abaixo:

Luiz Gonzaga disse...

O Decálogo de Lenin 1913. (enviado em panfleto de Fidel para Chávez e Lula)
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Em 1913, Lenin escreveu os “Dez Mandamentos” que apresentava ações táticas para tomar o poder.
Qualquer semelhança com os dias de hoje no Brasil, não é coincidência.
Revendo a história, veremos semelhanças surpreendentes com o que vivemos em nossa pátria usurpada pelo MST e pelos petralhas que governam agora.
Aqui está o que Lenin disse:
1. Corromper a juventude e dar a liberdade sexual (Agregá-lo com DROGAS).
2. Infiltrar-se e depois controlar todos os meios de comunicação de massa.
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando discussões sobre questões sociais.
4. Destruir a confiança do povo em seus líderes.
5. Sempre falar sobre democracia e Estado de Direito, mas sim quando a oportunidade surgir, tomar o poder sem qualquer escrúpulo.
6. Colabore com o esgotamento dos fundos públicos; desacreditar a imagem do país, especialmente no exterior e causar pânico e inquietação entre a população através da inflação.
7. Promova greves, apesar de serem ilegais nos setores vitais do país.
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades legais não os reprimam.
9. Contribuir para destruir os valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados do Partido Democrata não deve culpar os comunistas, forçando-os, sob pena de expô-los ao ridículo, a votar somente o que é de interesse para a causa socialista.
10. Recorde a todos aqueles que possuem armas de fogo que sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
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Luiz Gonzaga disse...

Tenho utilizado uma estratégia que sempre dá certo. Quando alguém pegunta em quem votar, falo:

“Se quiser que o Brasil vire uma ditadura tipo cuba vote em Dilma. Se quiser uma democracia com direito à liberdade, vote em Serra.”

Falo que Lula e Dilma são comunistas. Quando colo a palavra “comunista” aos seus nomes logo o “efeito rejeição” nos despolitizados os assusta. Fale você também. Isso tem dado certo comigo!

Luiz Gonzaga disse...

“O Livro Negro do Terrorismo no Brasil”

Um trecho apenas:

O leitor mais exigente encontrará no Livro o inventário escrupuloso da luta clandestina travada em todos os quadrantes do território nacional e, por sua vez, tomará conhecimento, em detalhes, do assombroso número de assaltos à mão armada, assassinatos, seqüestros, raptos, atentados a bomba, denúncias de torturas, delações e “justiçamentos” covardes, cujo escopo, para a “moral terrorista”, era a “propaganda revolucionária”.

Leia mais em:

http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=3215&Itemid=78

Luiz Gonzaga disse...

Vereza,

Até que enfim encontrei o ORVIL (livro, lido ao contrário). Um documento detalhado sobre as organizações terrorristas produzido pelo CIE (Centro de Informações do Exército). Estes documentos ficaram em segredo, durante décadas, conhecidos apenas por um grupo de generais.

Agora os brasileiros ficarão conhecendo a estória do passado das Dilmas, Lulas, Genoínos e demais terrorristas que hoje estão no poder.

É imperdível a leitura deste arquivo ex-secreto. Baixe gratuitamente fazendo download do link abaixo:

http://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf