MENU

Navegue pelas veredas do Vereza clicando nas opções abaixo:

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Estelionato Religioso (resumo)

Até 325 D.C, o cristianismo primitivo, seguia fielmente as palavras de Jesus Cristo. Jesus, jamais ordenou que se edificasse qualquer igreja; segundo a maioria dos Evangelhos Apócrifos, o Mestre, pediu a seus seguidores, que constituíssem uma Ekklêsia, que em grego - um dos idiomas falados à época -, significa, Assembléia de Convocados. Seus discípulos, deveriam, a exemplo de Jesus, pregar a Boa Nova à todos sem distinção, utilizando como referência para as reuniões as residências dos mais alfabetizados, posteriormente denominadas, Casas do Caminho. O imperador romano Constantino, observando o crescimento do cristianismo a despeito das perseguições, num inegável golpe político ordenou que cessasse toda e qualquer repressão, percebendo que seria importante para a sustentação de seu império, uma religião que proporcionasse unidade à sua vasta dominação mas eivada de uma perigosa pluralidade religiosa. Convocou então o chamado Concílio de Nicéia, cooptando os cristãos, e, ele próprio Constantino, determinando as decisões que iriam servir de alicerce para a criação da Igreja Católica Apóstolica e... Romana... Neste Concílio, em disputa com os arianos, que entre outras questões afirmavam que Jesus era filho de Deus, mas não igual ao Criador, porque fora gerado e não incriado como seu Pai, Constantino, com a cumplicidade e o terror da maioria dos participantes do Concílio, sufragou a tese, herética, que Jesus, era igualmente Deus. Os bispos que ousaram discordar do imperador foram simplesmente banidos do Concílio e exilados! Algumas resoluções surgiram desta, digamos, reunião: A Santíssima Trindade; a Confirmação dos 4 Evangelhos - escolhidos de forma aleatória, anteriormente pelo bispo Irineu entre mais de 315 textos... -; o Credo e outras arbitrariedades... E assim, numa jogada de "mestre", surge, o que hoje é conhecida, como, Igreja Católica Apostólica e... Romana, que, em verdade, não existe há 2000 anos, e sim, a menos de 18 séculos. E ainda há quem acredite nela.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Réquiem por um sonho

Primeiro de Abril de mil novecentos e sessenta e quatro. União Nacional dos Estudantes. Dentro do prédio, Vianinha, eu e João das Neves, assistíamos, atônitos, as labaredas que consumiam a fachada, e entravam pela varanda; e nós, tentando uma patética resistência, enquanto os biltres da Tradição Familia e Popriedade, atiravam coquetéis molotov na barricada que havíamos erguido para evitar a invasão anunciada. A UNE, era o alvo escolhido pelo golpe militar, por sua tradição de lutas pela democracia; as passeatas a favor da participação do Brasil na guerra contra os nazistas; as manifestações nas campanhas do "Petróleo é nosso!"; a presença marcante pela redemocratização do país em plena ditadura do Estado Novo! E a UNE, agora? Um melancólico clube de "rebeldes" a favor; cúmplices do maior esquema de corrupção já montado no país; cooptados por uma propina mensal destruíram uma história de coragem e contestação a toda espécie de autoritarismo. Não esperaram a velhice chegar para vender seus hipotéticos ideais... O que dirão a seus filhos? Será que conseguem cantar o hino da entidade, sem o rubor em suas faces? E pensar, que serão eles, a elite desse país...

sábado, 18 de julho de 2009

O acaso não existe

Como é possível acreditar que o acaso é o responsável pela existência da vida e do universo?! A sincronicidade do movimento dos astros, estrelas, galáxias, enfim, atestam a impossibilidade do acaso. "Deus não joga dados com o universo!”, afirmava Albert Einstein, o formulador da Teoria da Relatividade. A reverência ante o mistério transporta-nos há 20 ou 30 mil anos antes da nossa era. Povos que nunca tiveram o menor contato com qualquer tipo de escrituras, sentiram a necessidade da adoração inerente à condição humana. Os ritos mágicos dos bantos e dos papuas; as cerimônias de Lascaux ou Altamira, gravados para sempre em suas admiráveis pinturas murais; os pigmeus, os esquimós, com suas orações simples e espontâneas, revivem em nossos dias as invocações do homem de Neanderthal ou de Cro – Magnon. Jung, ao ser indagado sobre sua crença em Deus, foi sucinto: - “Eu não acredito. Eu sei.” Os judeus místicos (há os que não são) não pronunciam o nome do criador; utilizam-se de letras – IAVÉ, ou mesmo números. O universo, segundo a Cabala existia antes do Big Bang, que era um ponto que recebia luz em abundância, até que não podendo conter tanta “doação”, explodiu!, em amor, astros e seres – Nós, fragmentos das estrelas... O efeito deslumbrante pressupõe uma causa inteligente. Por trás dessa maravilhosa aritmética que é o universo, existe, com certeza, um Matemático Emocionado...

domingo, 5 de julho de 2009

A fé e a ciência

Os ateus, que geralmente, "invocam" Charles Darwin, para justificar a ausência de Deus na criação, deveriam ler este texto do autor da Evolução das Espécies: "...Por maiores que fossem as crises por que passei, nunca desci até o ateísmo, no verdadeiro sentido do termo, isto é, nunca cheguei a negar a existência de Deus. A impossibilidade de conceber este grande e maravilhoso universo, com nossos "eus" conscientes, como obra do acaso, é, a meu ver, o argumento principal a favor da existência de Deus. Outro motivo de minha crença na existência de Deus, ligado não ao sentimento, mas à razão, e que, pelo seu grande peso, não pode deixar de impressionar-me, é a extrema dificuldade, ou antes, a radical impossibilidade de conceber o universo, prodigioso e imenso, incluindo o homem com a faculdade de se reportar ao passado e de prever o futuro, como resultado, de um destino ou de uma necessidade cega. Refletindo sobre isso, sou forçado a admitir uma causa primeira, um espírito inteligente, sob certos aspectos análogo ao do homem. E mereço, por isso, que me considerem deísta. Esta conclusão, está fortemente radicada no meu espírito, desde a época em que escrevi A origem das espécies (pp. 354. 356. 363). Charles Darwin" E mais: "...O ateísmo é oriundo precisamente dessa idéia de que a adoração não é uma propriedade natural da natureza humana e ele espera o renascimento do homem, abandonado unicamente a si mesmo. Esforça-se por mostrar que o homem será moral quando se libertar da fé. Mas, até hoje, os ateus não mostraram nada. Julga-se a árvore por seus frutos. Ao contrário, mostraram-se apenas uma monstruosidade. A moral, entregue a si mesma ou à ciência, pode desnaturar-se até a abominação extrema. Fé e moral, Dostoiévski" Obs: Os dois textos estão no livro, As mais belas orações de todos os tempos, em belíssima tradução de Rose Marie Muraro.