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sábado, 30 de maio de 2009

O CONCEITO DE HEGEMONIA EM GRAMSCI

Ainda sobre Gramsci, eis o que diz numa passagem de Il risorgimento: - “A supremacia de um grupo social se manifesta de dois modos, como dominação e como direção intelectual e moral. Um grupo social é dominante dos grupos adversários, que tende a liquidar ou a submeter, inclusive com a força armada, e é dirigente dos grupos afins e aliados. Um grupo social pode, ou mesmo deve ser dirigente já antes de conquistar o poder governamental. É essa uma das condições principais para a própria conquista do poder.” Qualquer semelhança com a “estratégia” dos aloprados do PT, é mera coincidência...

A VORACIDADE NO PODER

A VORACIDADE NO PODER A bolsa família é a mais cruel e hipócrita “caridade governamental”, cujo verdadeiro objetivo é anestesiar a consciência de milhões de brasileiros, tirando-lhes o direito à cidadania, caçando-lhes quaisquer perspectivas de inclusão social. Os “intelectuais” petistas, decorebas do defasado pensador italiano Antônio Gramsci – “hegemonia: a ditadura do proletariado...”, utilizam-se da democracia – com o megalômano Luis Inácio à frente - , para posteriormente destruí-la. Não interessa ao arrogante palanqueiro e seus sequazes, a criação de frentes de trabalho, a construção de açudes, estradas, e a tão necessária malha ferroviária indispensável num país de dimensão continental. O que lhes importa, é “ocupar o poder por dentro”, infiltrando na máquina governamental seus apaniguados, para a devida arrecadação dos dízimos pagos com o dinheiro do contribuinte, e, assim, robustecer a caixa da famiglia, digo, do partido... A permanência no poder: este é o projeto destes bucaneiros travestidos de socialistas, com a cumplicidade e o silêncio de boa parte dos “teóricos” da USP, UNICAMP e os teólogos da “libertação...” Pobre Brasil, saqueado com uma voracidade nunca vista, pelos “paladinos” da ética e da moralidade... Lamento macular meu despretensioso blog com este inútil desabafo, mas, não consigo manter-me omisso à covarde destruição das nossas, ainda tão frágeis, instituições democráticas. Carlos Vereza P/S: “Calo-me, espero, decifro. As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas! Mas eu não sou as coisas e me revolto.” Carlos Drummond de Andrade

domingo, 17 de maio de 2009

O ETERNO JORNALEIRO

Benedito Ruy Barbosa, O último dos moicanos, o eterno jornaleiro, memorialista emocionado, que trocou as “madaleines” de Proust, pelos bolinhos de chuva; persistente buscador da utopia, do Brasil esquecido, que na contramão do “progresso” high tech, ainda acredita na cordialidade, na ingenuidade, ainda não de toda corrompida do povo brasileiro. Suas novelas, que eu sei ele escreve chorando, buscam – parafraseando nosso poeta maior Carlos Drummond de Andrade -, transmitir um país que seja mais do que “um retrato na parede” e nós sabemos como dói... Benedito está em boa companhia: Lima Barreto, Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Dias Gomes, Castro Alves, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Catulo da paixão Cearense, Tom Jobim, e tantos outros, opostos dos macunaímas, dos predadores de sonhos, que se imaginam sofisticados intelectualmente e não passam de patéticas caricaturas com os olhos voltados para uma cultura esvaziada de qualquer sentido, repetitiva, eivadas de um niilismo decadente, calcadas na estética do clipe e da violência, “intelectuais” que voltam as costas ao verdadeiro país, que a despeito da avalanche de informações tecnológicas, debate-se com a miséria, com o analfabetismo, a falta de cidadania e submissos ao DNA populista de nossos governantes. Penso em Villa Lobos, que aclamado pelos grandes centros musicais, europeus e americanos, preferiu se embrenhar nas matas amazônicas e que nos deu como fruto, suas inacreditáveis sinfonias, que maravilham até hoje, os maiores eruditos internacionais. O povo precisa das novelas de Benedito, de seus personagens ainda perplexos, do chamado e rejeitado Brasil profundo, que a despeito dos apetites vorazes, do arraigado coronelismo, é de onde surgirá a Terra Prometida, o Celeiro da Humanidade. É evidente que não está se propondo uma cultura xenófoba, sobretudo com a irreversível e desejável globalização, mas é fundamental que procuremos esculpir o rosto brasileiro, ainda que coberto de rugas e sofrimentos históricos, mas ele existe; E são artistas como o Benedito, que dignificam o grande teatro eletrônico, acreditando que é possível manter viva, através do entretenimento e cultura, as profecias que apontam o Brasil como o país do futuro, e por quê não, A Pátria do Evangelho. Carlos Vereza

A ESTÉTICA DA CONTEMPLAÇÃO

A novela Paraíso, além do belo texto de Benedito Ruy Barbosa, conta com uma direção de rara sensibilidade por parte de Rogério Gomes – o “Papinha”. Este jovem surfista cria um bendito “ruído” na acelerada programação da televisão brasileira, que pasteuriza novelas, comerciais, jornalismo, numa avalanche de informações, que biologicamente, o telespectador não tem condições de absorver. A direção de Rogério trabalha com a interação entre atores (personagens), e estonteantes paisagens, que alcança o espectador pelo sensorial, antes que ele possa conceituar o que está assistindo. Como conseqüência, se estabelece uma cumplicidade inconsciente, uma calma contemplação, onde o público é delicadamente “convidado” a coautoria da narrativa; ou seja: a paleta de cores (luz, figurinos, música, cenários) subverte a agressão visual provocada pela chamada “estética da velocidade”. O ritmo, assumidamente “lento”, reflete o comportamento dos habitantes das cidades do interior, mesmo com o avanço dos meios de comunicação. A câmera, em geral sempre ao nível do olhar dos atores, estabelece uma imediata empatia; as tomadas de grua “apequenando-os” em contraponto com as planícies desoladoras, criam no telespectador uma inusitada solidariedade com os personagens de Benedito, precários herdeiros de Carlitos diante dos mistérios da vida. Assim é Paraíso, um auspicioso momento de criatividade da televisão brasileira. Carlos Vereza